Sobre

Pensamentos Soltos é um canal de comunicação de temas livres e atuais , escritos por mim ou outros colaboradores. Com espaço para colunas fixas períodicas referente a saúde, Poesias, textos interativos , temas atuais e curiosos que sejam atrativos aos nossos leitores.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

ESPECIAL RECIFE: A VENEZA BRASILEIRA - PARTE II


HISTÓRIA – MARCO INICIAL
 Vista da Cidade Maurícia (Recife) em uma gravura de Pieter Schenck, baseada em desenho de Frans Post, 1645, para o livro Rerum in Brasília et alibi gestarum de Caspar Barlaeus. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.


O município do Recife tem sua origem intimamente ligada à de Olinda. No foral (carta de direitos feudais) de Olinda, concedido por Duarte Coelho em 1537, há uma referência a "Arrecife dos navios", um lugarejo habitado por mareantes e pescadores. O Recife permaneceu português até a independência do Brasil, com a exceção de um período de ocupação holandesa entre 1630 e 1654.
Durante os anos anteriores à invasão da Companhia das Índias Ocidentais, o povoado do Recife existiu apenas em função do porto e à sombra da sede Olinda, local que a aristocracia escolheu para residir devido à sua localização elevada, que facilitava a defesa. Ergueram-se fortificações e paliçadas em defesa do povoado e do porto do Recife, todas elas voltadas para o mar. Os temores voltavam-se para o oceano por conta dos constantes ataques ao litoral da América Portuguesa pela navegação de corso e pirataria. Ainda no final do século XVI o "povo dos arrecifes" foi atacado e saqueado pelo pirata inglês James Lancaster que, com três navios, derrotou a pequena guarnição responsável pela defesa do porto. Entre os anos de 1620 e 1626 o então governador Matias de Albuquerque procurou estabelecer posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse evitar outro ataque como aquele, bem como dissuadir a Companhia das Índias Ocidentais da ideia empreendida na Bahia em 1624.
Governo holandês



No Recife holandês, foi iniciada a construção de Mauritsstad (Cidade Maurícia, ou Mauriceia). O Recife foi a capital do Brasil holandês, tendo sido governada de 1637 a 1644 pelo conde (a serviço da Companhia das Índias Ocidentais (West Indische Compagnie) Maurício de Nassau.[14] O império holandês nas Américas era composto na época por uma cadeia de fortalezas que iam do Ceará à embocadura do rio São Francisco, ao sul de Alagoas. Os holandeses também possuíam uma série de feitorias na Guiné e Angola, situadas no outro lado do Atlântico, o que lhes dava controle sobre o açúcar e o tráfico negreiro, administradas pela Companhia das Índias Ocidentais.
O conde desembarcou na Nieuw Holland, a Nova Holanda, em 1637, acompanhado por uma equipe de arquitetos e engenheiros. Nesse ponto começa a construção de Mauritsstad, que foi dotada de pontes, diques e canais para vencer as condições geográficas locais. O arquiteto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de edifícios como o palácio de Freeburg, sede do poder de Nassau na Nova Holanda, e do prédio do observatório astronômico, tido como o primeiro do Novo Mundo.
Maurício de Nassau praticou uma política de tolerância religiosa frente aos católicos e calvinistas. Além disso, permitiu a migração de judeus ao Recife e a criação de uma sinagoga, a Kahal Zur Israel, inaugurada em 1642 e considerada o primeiro templo judaico da América do Sul.



Nassau era também um entusiasta da ciência e das belas artes. Ao embarcar para o Brasil, trouxe uma plêiade de naturalistas e pintores para retratar e estudar a novo continente. Entre estes destacam-se os pintores Frans Post e Albert Eckhout, que retrataram as paisagens e os exóticos habitantes locais, o médico Willem Piso e o naturalista alemão Georg Marggraf, que estudaram a a fauna e a flora, a farmacopeia local e as doenças tropicais.
Nassau retornou à Holanda em 1644, demitido devido a desentendimentos com as autoridades da Companhia, que não se contentaram com o nível de lucros das possessões brasileiras. Os novos governantes holandeses entraram em conflito com a população, desencadeando a partir de 1643 uma insurreição - a chamada Insurreição Pernambucana - que terminaria com a expulsão definitiva dos holandeses em 1654. A economia açucareira local passou a enfrentar a competição das Antilhas Holandesas, para onde os holandeses levaram a tecnologia da produção de açúcar.
Mascates
 Decoração barroca da Capela Dourada (início do século XVIII).



Após a invasão holandesa, muitos comerciantes vindos de Portugal - chamados pejorativamente de "mascates" - estabelecem-se no Recife, trazendo prosperidade à vila. O desenvolvimento do Recife foi visto com desconfiança pelos olindenses, em grande parte formada por senhores de engenho em dificuldades econômicas. O conflito de interesses políticos e econômicos entre a nobreza açucareira pernambucana e os novos burgueses deu origem à Guerra dos Mascates (1710-1711), durante a qual o Recife foi palco de combates e cercos.
Porém, essa revolta não prejudicou o crescimento do povoado do Recife, sendo elevado à categoria de vila e concelho, com o nome de Santo Antônio das Cacimbas do Recife do Porto, em 19 de novembro 1709. Em 1711 moravam cerca de 16 mil pessoas na vila, e em 1745 a população ascendia a 25 mil. Apesar da queda nos preços do açúcar, construíram-se magníficos conventos e igrejas no município, com destaque para o Convento de Santo Antônio (construído majoritariamente no século XVIII), a Capela Dourada (terminada em 1724) e a Igreja de São Pedro dos Clérigos (começada em 1725).
Revoltas


O início do século XIX no Recife foi marcado por revoltas inspiradas no ideário liberal vindo da Europa: comerciantes, aristocratas e padres, para exigir mais autonomia para a colônia. Entretanto, a classe dominante evitava questões como o fim da escravatura e dispensava a participação popular, temendo revolução.
Nesse mesmo século, ocorreram as revoluções mais conhecidas da História do Recife. A Revolução de 1817, a Confederação do Equador, de 1824 e a Revolução Praieira, de 1848. O Recife deixou de ser vila, não se subordinava ao poder central, nem estava subordinado a Olinda. Nesse tempo, iniciou-se um grande período de desenvolvimento do município. A elevação à categoria de cidade ocorreu em 1823.
Século XX
No início do século XX, iniciou-se um período de agitação cultural e a encantadora Belle Époque mostrou a busca de novas linguagens para traduzir as velozes mudanças trazidas pelas novas técnicas.


REFERENCIA : http://pt.wikipedia.org/wiki/Recife#Hist.C3.B3ria

Nenhum comentário:

Postar um comentário