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Pensamentos Soltos é um canal de comunicação de temas livres e atuais , escritos por mim ou outros colaboradores. Com espaço para colunas fixas períodicas referente a saúde, Poesias, textos interativos , temas atuais e curiosos que sejam atrativos aos nossos leitores.

domingo, 26 de outubro de 2014

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SÍNDROME DO PÂNICO



Antes de contar a minha história vamos conhecer um pouco sobre a Síndrome do Pânico , seus sintomas , causas e o efeito que ela provoca na vida de quem a desenvolve.
O  QUE É SÍNDROME DO PÂNICO?

A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem ataques repetidos de medo intenso de que algo ruim aconteça de forma inesperada.
Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor ideia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida.
Os ataques de pânico podem incluir ansiedade por estar em uma situação da qual seria difícil escapar (como estar no meio de uma multidão ou viajando em um carro ou ônibus).
Uma pessoa com síndrome do pânico muitas vezes vive com medo de ter outro ataque e também pode ter medo de estar sozinho ou longe da ajuda médica.
No Brasil, cerca de 1% da população tem um ataque de pânico por ano e 5% dos adultos relatam já terem tido pelo menos um ataque de pânico na vida, 1% deles acompanhado de Agorafobia.
CAUSAS:
O sistema de "alerta" normal do organismo — o conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça — tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, sem haver perigo iminente real. Pessoas ansiosas são mais suscetíveis ao problema do que outras, o que envolve tanto fatores genéticos quanto aprendidos na convivência familiar, escolar e social. Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este transtorno mesmo sem ter nenhum antecedente familiar.
O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: fome, sono, prazer, tristeza, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas inapropriadas.

SINTOMAS
O transtorno do pânico é caracterizado por crises súbitas frequentemente incapacitantes e recorrentes. Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem causas aparentes ou por meio de ansiedade excessiva motivada por estresse, perdas, aborrecimentos ou expectativas. Depois de ter uma crise de pânico a pessoa pode desenvolver medos irracionais, chamados Fobias ,  dessas situações e começar a evitá-las.
As pessoas com síndrome do pânico têm pelo menos quatro dos seguintes sintomas durante um ataque:
  • Dor no Peito ou desconforto
  • Tontura  ou desmaio
  • Medo de morrer
  • Medo de perder o controle ou de uma tragédia iminente
  • Sensação de engasgar
  • Sentimentos de indiferença
  • Sensação de estar fora da realidade
  • Náuseas ou mal-estar estomacal
  • Dormência ou formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
  • Palpitações, ritmo cardíaco acelerado ou taquicardia
  • Sensação de falta de ar ou sufocamento
  • Suor, calafrios ou ondas de calor
  • Tremores
Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho. As pessoas com a síndrome do pânico muitas vezes se preocupam com os efeitos de seus ataques de pânico.
A agorafobia surge quando o medo de futuros ataques de pânico leva alguém a evitar situações ou lugares que acredita que causem os ataques. Isso pode levar a pessoa a restringir muito os lugares aonde vai ou suas relações pessoais.

TRATAMENTO:
Marque uma consulta com o médico se os ataques de pânico estiverem interferindo em seu trabalho, relações ou autoestima.
O objetivo do tratamento é ajudar você a agir normalmente na vida cotidiana. Uma combinação entre medicamentos e terapia cognitivo-comportamental (TCC) funciona melhor.
A dependência de medicamentos contra ansiedade é uma possível complicação do tratamento. A dependência envolve a necessidade de um medicamento para poder agir normalmente e para evitar sintomas de abstinência. Não é o mesmo que vício.

REAÇÃO DA FAMILIA E SOCIEDADE:

O pânico, como todas as doenças psiquiátricas , não dá pintas vermelhas na cara como o sarampo nem 39º C de febre. Por isso, é muito comum a família entendê-lo como uma forma de fraqueza moral e de falta de personalidade e reagir da seguinte maneira: “Eu também não gosto de trânsito, mas vou trabalhar todos os dias”.
Por isso, é de importância fundamental a conscientização da família. Grupos de auto-ajuda, livros sobre o assunto ou mesmo a internet podem ser úteis para que os familiares entendam a natureza da doença. O mal-estar que o paciente experimenta num congestionamento é muito diferente do desconforto que qualquer um de nós possa sentir. Por outro lado, o excesso de compreensão pode favorecer a esquiva fóbica, e a pessoa não sai mais de casa nem para ir à padaria. Na verdade, a agorafobia cresce com os bons cuidados. A família deve incentivar a atividade do doente. “Eu sei que você não se sente bem, mas é importante continuar indo à escola”, ou “Se você conseguisse ir ao clube, ir trabalhar e não pedisse demissão seria melhor para sua autoestima” são estímulos importantes para os pacientes com síndrome do pânico.
Repouso é bom para gripe. Para doenças crônicas como depressão e pânico que muitas vezes a pessoa carrega pela vida afora, o pior é ficar em casa repousando. O certo é levar vida o mais normal possível apesar das dificuldades.
Então se você tem em sua família ou amigos que desenvolveram essa síndrome, procurem compreender que muitas atitudes e soluções que seriam fácil para você executar para o portador da síndrome é extremamente difícil, não é “frescura” , fraqueza ou falta de força de vontade... é simplesmente medo de não ser mais capaz de ter uma vida normal.
Além do tratamento recomendado pelos profissionais de saúde o principal remédio que o portador da síndrome necessita é de amor, compreensão , incentivo e segurança daqueles que são considerados importantes em sua vida. Portanto não o abandone, mesmo que a vontade dele seja de ficar sozinho.
Falo por experiência própria.

DEPOIMENTO:
Sempre fui uma pessoa ativa e independente,  que adorava festas, estar cercada de pessoas. Até que um dia percebi que estas situações, às quais estava habituada, começaram a surtir efeitos desagradáveis em meu corpo, causando taquicardias, sudoreses e até desmaios sem motivos aparentes... Mas como não eram frequentes , Não dei muita importância , porque achava que seria por causa de um calor excessivo, ou mal estar momentâneo, enfim...
Em 2011, fui submetida a uma situação que me levou a um nível de estresse e Profundo sentimento de dor e impotência, quando engravidei e por um erro médico, que furou o saco gestacional durante um exame (não sabia da gravidez e nem a médica suspeitou durante o procedimento) e mesmo com a quase hemorragia que tive após esse exame, o feto permaneceu lá e desenvolveu normalmente até os 5 meses de gestação.  Foi quando comecei a sentir a perda de líquido, provavelmente com o crescimento do bebê o furo do saco gestacional também aumentou possibilitando a perda de todo o líquido amniótico da bolsa . E mesmo com todos os cuidados e tratamentos, o Bebê não resistiu e veio a óbito. Foi um choque para mim. Meu mundo desmoronou, todo o sonho de formar uma família com a pessoa que eu amava , veio por terra. Além do sofrimento emocional, ainda fui submetida a dor física, por ter que passar por um parto normal estimulado por medicamentos e sem nenhum médico para acompanhar, internada em um Hospital Público de péssima qualidade, sem nenhum cuidado, fora o de minha mãe que não saiu do meu lado em momento algum. Foi muito chocante tudo isso. E contar isso hoje a vocês está me fazendo reviver aqueles dias de horror, mas de certa forma hoje já consigo falar Sobre o assunto sem que me cause tanta angústia quanto antes. Afinal a vida tem que seguir seu curso.
Depois desse fato tudo desandou na minha vida... até que resolvi levantar a cabeça e seguir em frente. No final deste ano mais uma rasteira ,  minha mãe teve o segundo AVC  e mais uma vez fui submetida a uma situação de medo incontrolável de perde-la , uma vez que ela é tudo que tenho nessa vida.
Meu corpo começou a dar sinais de que havia algo de errado, porque comecei a sentir os sintomas do pânico com mais frequência... mas logo consegui um novo trabalho e ocupei a mente... não dei a atenção devida aos sinais que se apresentaram.
Dois anos se passaram e em 2013, sai do trabalho, no dia seguinte minha mãe fez uma cirurgia , a qual foi muito demorada, sem notícias, o medo se apresentou novamente e a partir daí surgiu o gatilho para a Síndrome do pânico se manifestar de fato.
Fui acometida de um pavor de sair de casa, de enfrentar lugares com muita gente e pior ainda , de executar tarefas habituais do meu cotidiano. Passei a não sair mais de casa desacompanhada, e mesmo com alguém do lado, começava a sentir os sintomas da pânico e era desesperador. Só sentia vontade de fugir dali e voltar para o meu quarto. Chorava , chorava e uma sensação de impotência se apoderava de mim, me deixando sem saber como agir. O que começou a interferir na minha vida conjugal , social e profissional.
Foi quando assisti a uma entrevista de um portador da síndrome , que não saia de casa há 10 anos ... e quanto mais ele contava sua história mais me identificava com ele, chorei muito, olhei pro meu marido na época e disse a ele: É isso que sinto!
Ele passou a compreender melhor o que se passava comigo.
A partir daí decidi procurar ajuda médica, marquei consulta com um psiquiatra, que me passou o tratamento, que comecei de imediato. Algum tempo depois já comecei a sair de casa com mais tranqüilidade, embora ainda acompanhada, voltei a dirigir (o que se tornou impossível no ápice da crise), aos poucos fui retomando as rédeas da minha vida, e a muito custo e força de vontade recomecei a realizar as minhas atividades habituais. Voltei a trabalhar, a pegar ônibus sozinha, a sair para festas e até ir sozinha à praia , o que sempre adorei fazer. Não foi fácil, mas comecei a aprender a lidar com tudo isso.
Ouvi muito que isso era frescura, que eu tinha que ser forte, que se não enfrentasse não passaria.... Muito fácil falar e solucionar os problemas alheios, quem não os estão sentindo na pele. Mas não os culpo, afinal nem todos têm o conhecimento sobre a síndrome e como agir com pessoas que a possuem.
O que importa é que hoje estou aqui de pé e com muita Fé em Deus , que sempre me guiou por entre os caminhos tortuosos que se apresentaram na minha vida, compartilhando  com vocês essa minha história com o intuito de ajudar àqueles  que também passam por esse problema e não sabem como agir.  Saibam que vocês não são os únicos a sentirem isso ,  essa Síndrome não é loucura, é uma doença sim que precisa ser tratada por um profissional sério , sobretudo a iniciativa tem que partir de você mesmo.
Força e Fé que você também consegue... assim como eu!!!

Alessandra Lemos




quarta-feira, 22 de outubro de 2014

CANTINHO DA POESIA

Sintomas do Amor
(Por Alessandra Lemos)


Batimentos descompassados , 
Mãos  trêmulas  e suadas , a voz cortada e quase sem jeito , respiração  ofegante, pupilas dilatadas , queimor  dentro do peito ...

Quem já sentiu esses sintomas conhece bem sobre o que estou falando,
Não é doença  e nem mal que assola;
É apenas o amor que está chegando;

Quem  nunca sentiu , acha que é história e loucura de quem está amando,  não entende que se sonha acordada de braços abertos e a alma flutuando;
Por mais que tentemos traduzir em palavras, sentimentos não tem explicação, surge quando é menos esperado, independente de intenção, em suas razões não há sensatez e por mais que a cabeça tente só quem entende é o coração.





Escrito em 13/10/2014

O Que não é Amor


Já falou-se tanto em amor, amizade e paixão...
Que tal falarmos do que não é amor?

Se você precisa de alguém para ser feliz, isso não é amor
É CARÊNCIA.

Se você tem ciúme, insegurança e faz qualquer coisa para conservar alguém ao seu lado, mesmo sabendo que não é amado, e ainda diz que confia nessa pessoa, mas não nos outros, que lhe parecem todos rivais, isso não é amor
É FALTA DE AMOR PRÓPRIO.

Se você acredita que sua vida fica vazia sem essa pessoa; não consegue se imaginar sozinho e mantém um relacionamento que já acabou só porque não tem vida própria - existe em função do outro - isso não é amor
É DEPENDÊNCIA.

Se você acha que o ser amado lhe pertence; sente-se dono(a) e senhor(a) de sua vida e de seu corpo; não lhe dá o direito de se expressar, de ter escolhas, só para afirmar seu domínio, isso não é amor
É EGOÍSMO.

Se você não sente desejo; não se realiza sexualmente; prefere nem ter relações sexuais com essa pessoa, porém sente algum prazer em estar ao lado dela, isso não é amor
É AMIZADE.

Se vocês discutem por qualquer motivo; morrem de ciúmes um do outro e brigam por qualquer coisa; nem sempre fazem os mesmos planos; discordam em diversas situações; não gostam de fazer as mesmas coisas ou ir aos mesmos lugares, mas sexualmente combinam perfeitamente, isso não é amor
É DESEJO.

Se seu coração palpita mais forte; o suor torna-se intenso; sua temperatura sobe e desce vertiginosamente, apenas em pensar na outra pessoa, isso não é amor
É PAIXÃO.

Agora, sabendo o que não é o amor, fica mais fácil analisar, verificar o que esta acontecendo e procurar resolver a situação. Mesmo que a situação se confunda às vezes para você, o correto é que avalie a "PRESENÇA" e a "AUSÊNCIA" de seu par na sua vida e diante do resultado de seus sentimentos irá perceber se algumas das situações acima são temporárias ou caracterizam definitivamente seu tipo de relacionamento. Porque a "convivência" faz com que o tempo transforme o que é AMOR em ETERNIDADE.

(autor Desconhecido
)