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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

RELACIONAMENTOS

RELACIONAMENTOS NA  ERA DIGITAL
(Por Alessandra Lemos)


Não se pode negar que o grande objetivo das grandes redes sociais é a viabilização da aproximação de pessoas em qualquer lugar do mundo. É um longe que se torna perto. Abre-se um leque de conhecimentos  culturais, pessoais, interativos , que usados na medida certa é muito benéfico. No entanto, como tudo, têm as duas faces da moeda. A impessoalidade, a rotatividade de pessoas, , a veracidade do que se mostra, o encanto a primeira vista,  os olhos nos olhos, química da pele, entre tantos outro sentimentos que afloravam quando se via alguém especial pela primeira vez, se perderam em meio a tantos atalhos e teclas . É exatamente sobre isso que iremos abordar nessa matéria hoje.
Eu, particularmente, sou usuária de redes sociais e conheço bem como o sistema funciona. Mesmo com o avanço tecnológico e descobertas feitas dia a dia, não perdi a essência do romantismo incondicional. Fiz muitos amigos alguns que apenas conheci e seguiram seu rumo, outros que levarei comigo pra vida toda. Pessoas que somaram muito à minha vida e outras que nem deveria Ter conhecido,  nem tudo é perfeito  Mas quando se trata de Relacionamento a dois ,  as redes digitais, na minha opinião, quebram o encanto da descoberta. Tendo em vista a facilidade de atrair pessoas com mesmos interesses inclusive sexuais ,que falando sério, anda bem banalizado devido a flexibilização dos tabus que hoje já não existem, e até existem mascaradamente, porque na hora de optar por quem namorar , por mais que se digam livre e mente aberta, as pessoas julgam e acabam por optar pelas “ santinhas” e as descoladas, maneiras e super cabeça, ficam sempre para amigas, depois de provarem... claro.  Falso Moralismo? Hipocrisia? Não sei... nem estou aqui para julgar!
Muito se fala sobre como as relações amorosas estão ficando mais vazias nesse mundo atual. Normalmente, quando leio ou escuto algo sobre isso, vejo que as pessoas culpam, em geral, a internet (mas também o feminismo, que, em tese, libertou as mulheres sexualmente, e o consumismo). O argumento costuma ser que toda essa facilidade que a internet proporciona para se conhecer gente teria contribuído para as relações físicas se tornarem mais rápidas, fáceis, sem depender muito de amor entre o casal, nem promessas de um relacionamento mais prolongado.
Tem até um filósofo polonês, o Bauman, que fala que, atualmente, as sociedades são voltadas para o consumo, prezando sempre pela novidade. Isso significa, na prática, que estamos sempre trocando televisões, aparelhos celulares, computadores, tablets, entre outros produtos, por algo que parece melhor – mesmo que o anterior ainda esteja em perfeitas condições. E, mesmo assim, nem sempre os aparelhos anteriores estão em perfeitas condições, já que, hoje em dia, as coisas não são feitas para durarem muito tempo, pois o consumo é estimulado dessa forma. Por isso, esse filósofo acredita que essa Lpessoas e nossas relações com elas, segundo ele, se tornaram descartáveis também, pois estamos sempre em busca de algo melhor, ou mais fácil.
Mas o que dizer, então, mais especificamente, dos relacionamentos pessoais nesse mundo virtual? Com o advento da internet, as formas de comunicação e interação sofreram uma importante revolução. As antigas cartas de papel e as ligações telefônicas, apesar de ainda existirem, perderam espaço para o mundo das salas de bate-papo, mensagens de texto instantâneas, e-mails, além de várias redes sociais.

Quais as consequências para a vida humana? Essas relações são de verdade? São efetivas e afetivas de fato? São confiáveis? Essas são perguntas que aqui não se tem a pretensão de responder, mas apenas de fazer um convite à reflexão. A psicóloga e socióloga Sherry Turkle defende em seu trabalho que por conta dessa virtualização das relações os indivíduos estariam perdendo a capacidade de lidar com as complexidades das relações humanas. Mais especificamente, ela propõe que a despeito de pensarmos que estamos juntos e da sensação de companhia, estamos na verdade sozinhos. Logo, esse tipo de relacionamento virtual possui fragilidades do ponto de vista da vida e do sentido das relações humanas de fato.
O que se deve considerar é que por trás do discurso da vida moderna e das benesses da tecnologia (ou pelo menos por trás desse encanto que a tecnologia exerce) se escondem efeitos colaterais que, na verdade, podem representar retrocessos no sentido da valorização daquilo que nos torna humanos quando se trata de relação pessoal. Os relacionamentos humanos requerem um tipo de atenção que, conforme aponta Sherry Turkle, não pode prescindir da atenção humana ou da presença real.
RELACIONAMENTOS NA ERA VIRTUAL E O SEXO CASUAL - JUNTOS, PORÉM TÃO DISTANTES.

Aquele clima romântico, de pura sedução, que fazia bater mais forte o coração dos casais enamorados, está se dissolvendo com o avançar do progresso tecnológico.
Até meados dos anos 90, havia algo de muito bom e estimulante na paquera tradicional, onde ocorriam o flerte, a troca de olhares, a aproximação para os contatos iniciais, os passeios, os beijos extravasando desejo, o escurinho do cinema, e muitos outros detalhes que enterneciam e incendiavam os corações apaixonados.

Somente após a garota conhecer um pouquinho mais, e ter alguma clareza de seus sentimentos em relação ao parceiro, chegava-se ao momento do sexo. Era um acontecimento especial.

A internet, através das redes sociais, e todo o universo da web, estão sepultando gradativamente aqueles encontros clássicos, que além de agradáveis, auxiliavam os casais a se conhecerem um pouco mais, antes de transarem.
Atualmente as pessoas estão se comunicando via redes sociais, mensagens de texto, webcan, whatsapp, aplicativos de encontro etc.  Com isso, está se tornando cada vez mais raro duas pessoas se encontrarem pessoalmente para trocarem ideias, rirem, e desfrutarem de momentos agradáveis de lazer.
Nos encontros a dois, havia aqueles momentos de encantamento, onde os casais conversavam, olhos nos olhos, para que ambos pudessem conhecer o perfil e detalhes de suas vidas. Hoje isso em parte tornou-se dispensável, pois muitas dessas informações já estão lá no mundo virtual, empobrecendo o contato das relações humanas.
Mulheres que se acham modernas, independentes e livres de tabus, acreditam que o sexo casual pode ser uma opção para quem não tem tempo ou interesse de se envolver com outra pessoa. Mas essa opção pode significar também algo não tão saudável, como por exemplo, uma forma de mascarar conflitos internos, baixa autoestima, dificuldades de aceitação, egocentrismo, comodismo, etc.
Deixam de ter um namorado ou um relacionamento sério, preferindo ter a possibilidade de trocar de parceiro com a mesma facilidade e naturalidade com que trocam de roupa diariamente. O outro é visto apenas como um objeto sexual.
É a era dos relacionamentos rápidos e descartáveis.  Será que as pessoas estão mais felizes  que outrora?
Diante de tudo o que foi exposto, analisado e pensado, continuo acreditando que ainda vale a pena ser um “Amante a moda antiga” como já dizia Roberto Carlos. Particularmente prefiro pessoas que tenham interesses em descobrir pessoas, sentimentos, valores. Afinal depois do sexo, casual ou num relacionamento, deveria deixar a sensação de preenchimento, emocionalmente falando mesmo que a partir dali , vá cada um para o seu lado, e restem apenas lembranças dos momentos bons vividos. Mas há aqueles que preferem a rotatividade , a cama cheia e depois do sexo um coração vazio. Por medo ? Insegurança? Machismo ou Feminismo? Não sei... Gostaria de entender...mas nem essas pessoas que optam por viver assim saberiam responder.
Para que assumir uma única pessoa, se pode ter todas que quiser em sua cama?
Hoje talvez  a mente turbulenta e cinza pelo desejo ainda tolde e bloqueie essas respostas, mas futuramente, quando o tempo já tiver ido, afinal o tempo não pára, isso é um fato, quando olhar ao redor e se ver velho, sozinho, sem aquela companhia que um dia o amou e quis estar ao seu lado e você simplesmente não deu valor, porque era o descoladão pegador da época, for só uma lembrança distante, aí sim você se pegará pensando... O que eu fiz da minha vida? Mas aí meu caro, será tarde demais!
O problema, é quando as pessoas se acomodam com esse tipo de relação, por não quererem assumir qualquer responsabilidade perante a vida, seja por imaturidade, comodismo, egocentrismo ou insegurança, perdendo-se com essa atitude a riqueza das relações emocionais que permitem o amadurecimento  e satisfação íntima num nível mais profundo da vida à dois.
Dessa forma, o sexo passa a ser apenas uma necessidade fisiológica, funcionando  na base do "piloto automático", algo parecido com animais irracionais movidos apenas pelo instinto sem qualquer envolvimento emocional.
Uma pesquisa publicada  numa revista americana revela que após uma noite de sexo casual, sem compromisso, e sem envolvimento emocional, algumas mulheres sentem um inexplicável vazio. Uma delas, psicóloga, declarou que por mais independente e moderna que seja uma mulher, em seu íntimo, ela ainda gosta de receber flores, ter um companheiro para compartilhar alegrias e tristezas e não apenas a cama.
As mulheres querem ser ouvidas, protegidas e amadas, é algo que faz parte da essência feminina.

Pensem nisso!!


Fontes:



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