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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ATUALIDADES

AIDS




Detectada no final da década de 1970, a AIDS se configurou rapidamente como uma das maiores ameaças à saúde pública no século XX.
A grande capacidade de contágio, a elevada taxa de mortalidade e um quadro clínico arrasador fizeram desse mal um dos mais graves problemas sanitários e sociais que o homem moderno tem a enfrentar.

A AIDS (sigla de acquired immune deficiency syndrome, ou síndrome da imunodeficiência adquirida) é provocada por uma infecção virótica que danifica o sistema imunológico humano. Em conseqüência, todo o organismo fica exposto a outras infecções, como pneumonia, tuberculose, diarréia etc...

A infecção inicial é provocada pela contaminação direta do sangue por fluidos corpóreos que contenham o retrovírus HIV (sigla inglesa de "vírus da imunodeficiência humana"). Os retrovírus se reproduzem com a ajuda de uma enzima chamada transcriptase, que torna o vírus capaz de copiar (transcrever) suas informações genéticas em uma forma que possa ser integrada no próprio código genético da célula hospedeira. Assim, cada vez que a célula hospedeira se divide, produzem-se também cópias do vírus, cada uma das quais contém o código virótico.

A moléstia desenvolve-se em três fases. Inicialmente, o HIV entra na corrente sangüínea e provoca o desenvolvimento de anticorpos. Os sintomas aparecem na segunda fase: suores noturnos, febre, diarréia, perda de peso, cansaço e infecções incomuns. A AIDS é, a rigor, a terceira fase do processo, em que surgem as chamadas infecções oportunistas e, finalmente, sobrevém a morte. Os anticorpos do HIV podem ser detectados no organismo duas a oito semanas após a inoculação, mas o vírus fica incubado entre um ano e meio e cinco anos antes que surjam sintomas.

O vírus se transmite pelos fluidos corpóreos, particularmente o sangue e o sêmen. Assim, o contato social com o soropositivo não configura risco de contágio. Por outro lado, a pessoa que ignora estar contaminada pode transmitir a doença. A situação de risco mais importante é a relação sexual, especialmente a anal, pois a mucosa do reto é mais frágil que a da vagina e se rompe facilmente durante o coito, abrindo caminho à entrada do vírus na corrente sangüínea. Outro fator de risco são as transfusões de sangue. A terceira é a aplicação de injeções com agulhas contaminadas. E a quarta é a gestação; a mulher infectada muitas vezes contamina o feto.

A doença foi detectada pela primeira vez em 1979, entre homossexuais masculinos americanos. Por apresentar sintomas parecidos com os de outras moléstias, pôde a princípio passar despercebida e assim expandir-se rapidamente. O primeiro diagnóstico foi feito em 1981, e em 1983 o vírus foi identificado na França, por uma equipe do Instituto Pasteur. Em 1985, criou-se o primeiro método para descobrir no sangue anticorpos do vírus da AIDS.

No início da década de 1990 foi testada uma série de medicamentos contra o HIV. Nenhum deles, porém, mostrou-se capaz de curar a doença. O único que efetivamente conseguia retardar a evolução do mal -- embora ao custo de pesados efeitos colaterais, sobretudo a anemia -- era o AZT (azidovidina). Outro campo de pesquisa eram os remédios contra as infecções oportunistas. Nenhum deles, porém, apresentava resultados comprovadamente eficazes. Apesar dos esforços, a AIDS espalhava-se rapidamente e se previa que no ano 2000 o número de infectados pelo HIV poderia chegar a quarenta milhões em todo o mundo.

A grande arma contra a AIDS é a prevenção. As campanhas sanitárias recomendam, em primeiro lugar, relações sexuais estáveis, com um mínimo de parceiros. Em segundo, o uso de preservativos (camisinhas). Em terceiro, para injeções usar exclusivamente seringas e agulhas descartáveis ou esterilizadas e, nas transfusões, sangue testado. E, finalmente, que as mulheres infectadas evitem ter filhos.


AIDS EM PERNAMBUCO




" Número de casos de Aids cai em Pernambuco, mas transmissão do vírus HIV ainda é alta"


Em dados acumulados até 9 de novembro de 2009 pelo Programa Estadual, foram 215 casos contra 711 do ano passado. Desses, 59,1% eram homens e 40,9% mulheres. Nos últimos dez anos, no entanto, o número de casos teve um aumento de 85%.

O que é pouco comentado, porém, é que a Aids é uma síndrome de várias doenças e que os números registram apenas os casos das pessoas soropositivas que já apresentam alguma complicação resultante da baixa de imunidade. Mas, se por um lado, a quantidade de pessoas apresentando complicações diminui, a transmissão do vírus ainda se mantém alta entre a população brasileira. Em 2008, no Brasil a taxa de incidência passou de 17,9 para 18,2 para cada 100 mil habitantes.



Esses dados levantam um panorama interessante já discutido pelos profissionais de saúde, mas que ainda não chegou uma grande parcela da população, que é a atual qualidade de vida de quem tem HIV. O tratamento atingiu os melhores níveis desde o início da epidemia, em 1984, e o acesso de medicamentos no Brasil é referência no mundo, por conta da quebra de patentes. O foco do governo agora é a integração dessa parcela da população e a diminuição do preconceito.

A campanha do Ministério da Saúde está usando o slogan 'Viver com aids é possível, com o preconceito nao'. As peças mostram beijos entre pessoas sorodiscordantes para o HIV. Ou seja, uma delas tem o vírus e a outra, nao. Segundo Barbosa, o serviço público está trabalhando com o sujeito integrado, levando em conta seu cotidiano além da doença. "Estamos trabalhando para integrar o cotidiano do paciente ao tratamento e isso inclui questões como a sorodiscordância (gay ou heterossexual) e as relações no trabalho", diz.

Também a partir de 01/12/2009 começa a circular uma campanha do Ministério da Saúde, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesi), que irá enfocar o soropositivo no trabalho. Pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, com 1.245 portadores do vírus mostrou que, em 2007, 42,5% afirmaram terem tido perdas no trabalho devido ao vírus. No total, 20,6% perderam o emprego.

Segundo dados do Programa Estadual de Aids, 13.103 vivem com a doença no Estado. Até hoje, 5.016 morreram em decorrência da enfermidade - este ano, foram registrados 66 óbitos.

"Estamos ainda muito longe de um ideal para quem vive com HIV", afirmou Alessandra Nilo, presidente da ONG Gestos, que atua no Recife no atendimento a soropositivos com serviços de assistência jurídica, psicológica, além de atuar no monitoramento dos Governos no combate à doença. "Ainda lutamos por um maior entendimento da sociedade sobre o assunto, sobretudo para diminuir o estigma e o preconceito de quem vive com a doença", completou.


(Fonte: Jornal do Comérico / Projeto Renasce Brasil)

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